Archivo ABC
ArchivoHemeroteca
BLANCO Y NEGRO MADRID 20-01-1929 página 14
BLANCO Y NEGRO MADRID 20-01-1929 página 14
Ir a detalle de periódico

BLANCO Y NEGRO MADRID 20-01-1929 página 14

  • EdiciónBLANCO Y NEGRO, MADRID
  • Página14
Más información

Descripción

LETRAS, ARTES, CIENCIAS E L V I A J E R O ¿A l r e v i s o r Prefiero i n E L VIAJERO. ¿Y n o q u i e r e u s t e d c o m p l a vestigarlo y o personalmente. E s m á s seguc e r m e en este p r i m e r r u e g o A l i c i a? r o (Du- da tm instante y al fin dice: V u e l LA VIAJERA. -Por complacerle... v o e n seguida. (Y hace mutis- E L VIAJERO. -Gabriel. Una paliza larga, de media hora, hasta L A VI. -VJERA. -Pues p o r complacerle acepto, Gabriel. (Se coloca la sortija. ¡E s p r e- que regresa el Viajado aco- mpañado de dos desconocidos, uno de los cuales le trae del ciosa! brazo. E L VIAJERO. P r e c i o s í s i m a! L A VIAJERA. iVerdad que sí? E L V I J E R O (O sus acompañantes) -Este E L VIAJJÍRO (tornando a la realidad) ¿El qué? L A VIAJERA. La sortija. E L VI. JERO. ¿La sortija? i Ah, claro! Muy antigua. L a compró mi m a d r e antes de c a s a r s e L A VIAJERA (observándola) ío p a r e c e antigua, c o m o usted dice. L a m o n t u r a es moderna. E L VIAJERO. Es que está r e f o r m a d a I- A VIAJERA. i Y a decía y o! P u e s m u a h a s g r a c i a s L e p r o m e t o a u s t e d llevarla siempre puesta en r e c u e r d o de m i g a l a n t e c o m p a ñ e r o de viaje. E L V I A J E R O -Y al m i r a r l a se a c o r d a r á usted de mí, ¿n o es e s o? L A VI. 4 JERA. Eso es. E L VIAJERO. ¿Y c u a n d o n o la m i r e t a m bién se a c o r d a r á de m í? L, VIAJERA. Sí; es probable q u e t a m b i é n me acuerde. El Viajero sonríe satisfecho y abandona Sil asiento para ocupar el inmediato al de la Viajera. líL V I A J E R O -E s usted e n c a n t a d o r a L A VI. VJERA. ¿Cree u. sted? E L V I A J E R O -H e estado v a r i a s veces a p u n t o de d e c í r s e l o p e r o m e h e a r r e p e n t i d o siempre, (Gesto de asombro en ellci. M e h e a r r e p e n t i d o porque supongo que todo h o m b r e q u e la h a y a visto le í i a b r á dicho a u s ted lo mismo, y temía q u e el q u e y o lo r e p i tiera aliora n o h a b r í a de c a u s a r l a g r a n sensación. P e r o en fin, r e n u n c i o a la o r i g i n a lidad. E s usted e n c a n t a d o r a ¡Y a está dicho! (Respira como si hubiera realisado un gran esfuerzo. A h o r a puedo decirlo muchas veces... LA VJAJKR. V- Mejor es que n o lo diga más. A c a b a r í a usted dándose cuenta de q u e mentía. E) VL JER 0. -D e m a s i a d o sabe usted que no. L A V I A J E R A -Y sería m u y m o n ó t o n o Prefiero otro t e m a cualquiera. Crnca por el pasillo del coche el revisor, dirige una rápida oleada al interior del departamento y desaparece. L A VIAJERA. ¿P o r q u é no le p r e g u n t a al e s mi d e p a r t a m e n t o L e s r u e g o que me p e r m i t a n d e s p e d i r m e de esa señora. (Los dos desconocidos se constatan mutuamente con la- mirada y uno de ellos asiente. Gracias. E s sólo u n m o m e n t o L stedes pueden ued a r aquí, en la p u e r t a (Se adelanta y, sonriendo forsadajncnte, dice a la Via ¡cía: Y a estoy aquí o t r a vez. L A VI. J ERA. ¿L o e n c o n t r ó? E L VIAJERO. -Sí. Y n o falta n a d a (Una pequeña pausa. A h o r a b i e n tiene usted q u e disculparme, Alicia. C u a n d o buscaba m i equi aje, esos señores, a n t i g u o s a m i g o s míos, m e h a n visto y se empeñan en q u e m e q u e d e c o n ellos a p a s a r u n o s d í a s en u n a finca q u e tienen en el pueblo inmediato. Por m á s que m e h e negado, h e tenido al fin q u e ceder a n t e las c o n s t a n t e s súplicas y a c e p t a r la invitación. E s t o m e ini: pi le a c o m p a ñ a r l a como e r a mi prop ósito. LA VIAJERA. -i ¡Q u é c o n t r a r i e d a d! E L VIAJERO. Lo siento m á s q u e usted. (Transición. ¡Vaya, dejémonos de lamentaciones! H e m o s de volver a vernos m u y p r o n t o se lo a s e g u r o (En vos baja. Q u i zá, íiujzá, d e n t r o de n n c u a r t o de h o r a si l o g r o escapar de ellos; si no, d e n t r o d e c u a t r o año. s, dos meses y u n día. ¡Adiós, Alicia! L A VIAJERA. Adiós, Gabriel. E L V I A J E R O -Q u e t e r m i n e usted felizm e n t e el viaje. (Se inclina e inicia el mutis. DE. scoNOriDo I (a Gabriel, autoritariamenfc) ¿Y la maleta? E L V I A J E R O A h es v e r d a d! ¡L a maleta! (Sonriendo, a la Viajera. Y a me olvidaba d e la maleta. (La recoge. DESCONOCIDO i enga! Démela! (El Viajero se la entrega con gesto complaciente. DESCON CCIDO 2,0 (en el mismo tono de vos que el anterior, sino algo más bajo) ¿Y los relojes? E L V I A J E R O -V a n d e n t r o de la maleta. DESCOXOCIDO I. ¡En marcha! ¡Y mu- c h o cuidado! E L vsMEiíO z olvicudosc hacia la Viajera con un rostro plácido y con vos seguro) ¡Plasta p r o n t o Alicia! ¡Buenas noches f José SantuginL (De n u e s t r o concur. so literario. (DIBÜJO. S DE K- H J l- 0 revisor por su e q u i p a j e? Q u i z á él sepa en dónde está.

Te puede interesar

Copyright (c) DIARIO ABC S.L, Madrid, 2009. Queda prohibida la reproducción, distribución, puesta a disposición, comunicación pública y utilización, total o parcial, de los contenidos de esta web, en cualquier forma o modalidad, sin previa, expresa y escrita autorización, incluyendo, en particular, su mera reproducción y/o puesta a disposición como resúmenes, reseñas o revistas de prensa con fines comerciales o directa o indirectamente lucrativos, a la que se manifiesta oposición expresa, a salvo del uso de los productos que se contrate de acuerdo con las condiciones existentes.