Archivo ABC
ArchivoHemeroteca
BLANCO Y NEGRO MADRID 28-07-1906 página 5
BLANCO Y NEGRO MADRID 28-07-1906 página 5
Ir a detalle de periódico

BLANCO Y NEGRO MADRID 28-07-1906 página 5

  • EdiciónBLANCO Y NEGRO, MADRID
  • Página5
Más información

Descripción

W r í a del b a r r i o q u e d e s d e la reja v e í a p n l u l a r p o r l a s e s t r e c h a s a c e r a s y el si: ció a r r o y o C o n o c í a á t o d o s a q u e l l o s g u r r i a t o s p a r a c o n t e m p l a r l e s s u s p e n d í a su a s i d u o coser; á v e c e s íes s o n r e í a con s o n r i s a p e n o s a de su café les g u a r d a b a t e r r o n e s d e a z ú c a r d e su p o s t r e cerezas y p a s a s Y esto lo hacía furt i v a m e n t e si las m a d r e s m i r a b a n r i e n d o h a c i a l a reja, C a r l o t a afectaba s e v e r i d a d desvío. ¿Chiquillos á ella? N o los p o d í a sufrir... Cinco m i i i u t o s m á s t a r d e el t r a n v í a p a s a b a y e s t a b a á p u n t o de h a c e r cisco á u n g r a n u j a C a r l o t a l a n z a b a u n g r i t o b a j a b a á saltos l a escalera, c u b r í a d e b e s o s al p e q u e ñ u e l o y se r e t i r a b a e n c e n d i d a c o m o u n a a m a p o l a con la c o n v i c c i ó n de h a b e r e j e c u t a d o a l g o m u v i n c o n v e n i e n t e a l g o reprobable... Y a q u e l d í a en q u e la c i u d a d h e r v í a en regocijos, n i n g ú n chiquillo d i a b l e a b a p o r el a r r o y o e s t a r í a n con s u s m a m a s en l a s calles p o r d o n d e p a s a b a n l a s m ú s i c a s p o r d o n d e las t r o p a s desfilaban. E l a r r o y o desierto, p a r e c í a m á s s u c i o q u e d e c o s t u m b r e C a r l o t a d a b a á l a a g u j a a h i n c a d a m e n t e sin u n m i n u t o de d i s t r a c c i ó n U n p e s o e n o r m e g r a v i t a b a s o b r e s u e s p í r i t u E l estribillo d e la m o n ó t o n a c a n c i ó n proseguía... H a s pecado. Pm m i t a d del a r r o y o a p a r e c i ó e n t o n c e s u n a f i g u r i t a m e n u a a casi g r o t e s c a á fuerza de e n c o g i m i e n t o y d e s o l a c i ó n Un n i ñ o! Sí, u n nifio e i a c o m o de u n o s seis a ñ o s a c a s o m á s u n n i ñ o d e s m e d r a d o canijo, m a l trajeado, con l o s p u ñ o s m e t i d o s i i- íS? en los oíos, l l o r a n d o en seco y con n i p o d e a n g u s t i a U n a i d e a V; rauda, u n a golondrina, cruzó i. í. p o r la i m a g i n a c i ó n de C a r l o t a i r. E s e chico se h a p e r d i d o D e I- f jo se h a p e r d i d o ¡Infelices j S- p a d r e s! ¡Cómo e s t a r á n á e s t a s h o r a s! T i r ó la labor; dejó caer, al alzarse, las tijeras r e l u c i e n t e s y gastadas; brincó por encima del traje v a p o r o s o q u e o r l a b a de p u n t i l l a y se p r e c i p i t ó p o r la e s c a l e r a al p o r t a l ¿Qué t e p a s a p e q u e ñ o? r é ¿Qué te pasa? ¿De d ó n d e v i e nes? ¿Por q u é lloras, m i v i d a? L a c r i a t u r a s e p a r ó los p u ñ o s d e los ojos, d e los a s o m b r a d o s- V ojos azules, enrojecidos p o r el llanto, y temblando, comiénd o s e las p a l a b r a s h i p ó -De m i p u e b l o vengo... Salí con p a d r e y m a d r o n a m u t r e m p a n i c o M an soltao, m an soltao... -M a d r o n a ¿Q u i é n es m a drona? -L a mujé e m i p a e ¿Y t u m a d r e? -Sa morío. C a l l a r o n C a r l o t a m i r a b a al chico, se lo c o m í a a p u r o m i r a r l o ¡Qué g u a p o seria si l e l a v a s e n y comiese! T e n í a el p e l o r u b i o o b s c u r o a n i l l a d o ¡a tez f i n a u n a b o c a d i b u j a d a u n o s ojos del m i s m o cielo... l o al i z q u i e r d o le c o l g a b a el p á r pado. ¿Qué te h i c i s t e en ese ojito, -nene? -D i ó m e m a d r o n a con el j. cazo e j i e r r o C a r l o t a chilló d e i n d i g n a c i ó n- i T y cólera; se arrojó al n i ñ o y le- í, b e s ó h a m b r i e n t a loca d e t e r ¿Quieres q u e b u s q u e m o s á t u s p a d r e s? Di, t e s o r o -Yo si quería... P e r o eiios san dio. L o e s t a o a n diciendo, q u e se l a r g a b a n al tren a l u e g o é s o l t a m e en l a c a y e Yo lo oí. L a c o s t u r e r a estupefacta, alzó los b r a z o s al cielo. ¡Esto s u c e d í a los c r i s t i a n o s h a c í a n t a l e s cosas, l o s p a d r e s d e j a b a n á los chicos e n t r e el tropel, sin a m p a r o! ¡Infames, infames! ¿E s t á s cierto d e eso, niño? -Yo lo oí. V a y a q u e lo oí. M a d r o n a ice q u e y o t r a g o m u c h o y q u e t i é c u e n t a p e r d e r m e V o l v i ó C a r l o t a á fijar la m i r a d a en el p e q u e ñ o S u s facciones c o n s u m i d a s s u s c a r n e s b l a n d a s y s e m i- a z u l a d a s s u s b r a z o s y p i e r n a s flacos, s u s d e d o s d e a r a ñ i t a r e v e l a b a n l a d e s n u t r i c i ó n el r é g i m e n del h a m b r e L a c o s t u r e r a le cogió en vilo y le s i n t i ó l i g e r o c o m o u n a p l u m a -K o p i e n s e s m á s en t u s p a d r e s N o d i g a s á n a d i e q u e los t i e n e s ¿D a s p a l a b r a? L a s p u p i l a s azules, i n f l a m a d a s de llorar, c o n t e s t a r o n q u e sí. Y C a r l o t a a g a r r ó de l a m a n o al chico y e n t r ó con él en la casa, h a c i a la cocina. D e b í a n de q u e d a r en la a l a c e n a m u c h a s s o b r a s S u b i ó la escal e r a á saltos, e s t r e c h a n d o á s u n i ñ o s u y o d e n a d i e m á s ninu. iOi DE MÉxnr? BRINGA E M I L I A PARDO BAZAN

Te puede interesar

Copyright (c) DIARIO ABC S.L, Madrid, 2009. Queda prohibida la reproducción, distribución, puesta a disposición, comunicación pública y utilización, total o parcial, de los contenidos de esta web, en cualquier forma o modalidad, sin previa, expresa y escrita autorización, incluyendo, en particular, su mera reproducción y/o puesta a disposición como resúmenes, reseñas o revistas de prensa con fines comerciales o directa o indirectamente lucrativos, a la que se manifiesta oposición expresa, a salvo del uso de los productos que se contrate de acuerdo con las condiciones existentes.