BLANCO Y NEGRO MADRID 24-02-1906 página 4
- EdiciónBLANCO Y NEGRO, MADRID
- Página4
- Fecha de publicación24/02/1906
- ID0005120393
Ver también:
CUENTO OBIEHTAL LAfaíClMb ÍMl AYS- BEN- AZIM K e s t á t r i s t e rec l i n a d o e n l o s coc ccc jines de brillante s e d a s o s t i e n e con u n a m a n o la h e r m o s a frente sus ojos s o ñ a d o r e s están entornados, y ¿iíen el s e m b l a n t e serio d e s t á c a n s e sus pestañas largas y sedosas, negras 7 c o m o l a n o c h e del d e s t i n o s u fiera YNbarba encrespada, h u n d i d a en el p e cho, o c u l t a el g e s t o d e a n s i e d a d el pliegue de amargo desaliento que su mili b o c a d i b u j a al cont r a e r s e S u s ojos n e g r í s i m o s y p e n e t r a n t e s c l á v a l o s con t e n a c i d a d en el c a p r i c h o s o m o s a i c o d o n d e l a s incrustaciones de jaspes, ónix y nácar pint a n u n r i c o t a p i z E l s o n s o n e o d e l o s grifos, que vierten sobre la taza octógona de mármol sus a r q u e a d o s chorros cristalinos, no le vuelve de su postración, antes le s u m e r g e m á s y m á s en s u amodorramiento. N o distrae s u i m a g i n a r con l o s nril d i m i n u t o s espejos y m e d i a s l u n a s q u e d e c o r a n el a r t e s o n a d o d e o r o y v i v o s colores; n o se r e c r e a n s u s ojos en la contemplación de t a n t a s riquezas esparcid a s p o r la a m p l i a c á m a r a n o d e s c a n s a n e n los v a l i o s o s t a p i c e s p e r s a s d e c o m p l i c a d a t r a m a n o se d e t i e n e n en l a s l á m p a r a s d e cob r e d e B a g d a d q u e b r i l l a n con v i v o s reflejos. E n v a n o el chibukyi c a r g a l a p i p a f a v o r i t a con el a r o m á t i c o latakia del L í b a n o y l a ofrece con s o l i c i t u d r e s p e t u o s a á s u s e ñ o r C a y s- b e n- A z i m s i g u e i n m ó v i l S o b r e el seanlet, i n c r u s t a d o d e n á c a r y con filetes a r g é n teos, h a y u n a b a n d e j a l l e n a d e dátiles, d u l c e s secos de D a m a s c o y conservas de rosas de C o n s t a n t i n o p l a l o s mttezzines h a n e n t o n a d o el dohor; los r a v o s del sol a r d i e n t e c a e n v e r ticales sobre los blancos minaretes q u e n o d a n s o i n b r a y t o d a v í a el i m p á v i d o m u s u l m á n no se h a dignado tocar aquellas frutas. ¿Qué tiene? ¿qué a n s i e d a d le entristece? N a d i e lo s a b e E n s u h a r e m e n e r v a n con a b u r r i m i e n t o el v o l u p t u o s o c u e r p o cien m u j e r e s h e r m o s í s i m a s c o m o l a s h u r í e s del P r o f e t a no esperan más que u n a orden de su señor para rendirle u n amor obediente y prodigad o s i n t r a b a s l a n u b l a d e ojos d u l c e s d e antílope y broncíneo pecho, sueña entre gas a s y a d o r m e c e d o r e s p e b e t e s con s u b o s q u e a d o r a d o s i n e m b a r g o á u n a sola p a l a b r a d e l a vieja esclava, l a s e g u i r í a s u m i s a h a s t a p o s trarse ante s u señor. L a circasiana, de niveos b r a z o s d o n d e los b r a z a l e t e s b r i l l a n á u reos, t a ñ e el conun y e n t o n a c a n c i ó n m e lodiosa; m á s pronto enmudecería, p a r a c e ñ i r con ellos l a c a b e z a d e s u a m a d o señ o r E l p e c h o d e é b a n o d e la e t í o p e s e l e v a n t a á i m p u l s o s de u n a p a s i ó n a r d i e n te, y a n s i a u n a s o l a p a l a b r a d e s u a m o para postrarse á sus plantas y acariciar s u r o s t r o con el a b a n i c o d e b r i l l a n t e s plumas de avestruz. Todas correrían ansiosas, d e s p r e c i a n d o los s o n e s d u l c e s del m U H vMy y d e l a guzla q u e entonan ambulantes cantores al o t r o l a d o d e l a cortina, guardada por eunucos, para b r i n d a r c o n los d o n e s d e su h e r m o s u r a al p o d e r o s o Cays- ben- Azim; p e r o el m u s u l m á n triste y melancólico, n o es eso lo q u e apetece. I m p e n e t r a b l e com o u n a esfinge, s u figura, i n m ó v i l e n t r e l o s cojines del diván, no parece sino un montón de telas y gasas, sobre las cuales dest á c a s e el tarbiich rojo, d e l a r g a b o r l a r. VArelA Sigilosamente a v a n z a a n t e él u n a vieja e s c l a v a y vierte en sus oídos estas palabras: -Señor, e n t r e t u s m u j e r e s h a y u n a q u e conoce tu mal y p u e d e remediarlo. Cays- ben- Azim levanta lentamente la cabeza: en s u s ojos h a y d o s círculos m o r a d o s s o n l a s h u e l l a s del i n s o m n i o C l a v a s u s p u p i l a s n e g r a s e n l a s n e g r a s p u p i l a s d e l a vieja, 5- erapuñando su yatagán amenazador pregunta: ¿No m i e n t e s? -Señor, permita Alah que m e entierren v i v a en t u j a r d í n bajo l o s r o s a l e s si n o t e digo la verdad. -Bien, sea; t r á e m e á esa m u j e r L a e s c l a v a se retira, y v u e l v e seguida de u n a maravillosa h e r m o s u r a q u e v i s t e lujoso t r a j e t u r c o dormán de verde terciopelo, sembrado de a d o r n o s d e s e d a o r o y aljófar; u n a g a s a list a d a d e M o s u l s u j e t a á l a g a r g a n t a con d o s e s m e r a l d a s deja t r a s l u c i r el s e n o n a c a r a d o como las rosas de Alejandría; cendal de seda blanca de Alepo, salpicado de medias lunas de plata, sírvele de cinturón, y sus bombac h o s d e m u s e l i n a c a e n en a m p l i o s p l i e g u e s h a s t a s u s p i e s d i m i n u t o s c o m o l a s flores del g r a n a d o q u e se e s c o n d e n en b a b u c h a s d e tafilete rojo c u b i e r t a s d e p e d r e r í a Al b l a n d o r u m o r d e s u s p a s o s a l z a C a y s b e n- A z i m d e n u e v o s u cabeza, y s u p á l i d o s e m b l a n t e p a l i d e c e a ú n m á s á la p r e s e n c i a d e l a doncella. L a h e r m o s a e n t r e t a n t o r i n d e s u s a l u d o c o l o c a n d o l a s m a n o s s o b r e su p e c h o y c a b e z a en s e ñ a l d e s u m i s i ó n -A c é r c a t e ¿Quién eres? ¿Cómo m i s ojos n o s e h a n a b r a s a d o en l o s t u y o s h a s t a a h o r a? -s u s u r r a el m u s u l m á n m i e n t r a s con u n g e s t o m a n d a á l a vieja q u e se r e t i r e -Señor, y o n a c í en Chío; m i s p a d r e s s u c u m b i e r o n al filo de l a s c i m i t a r r a s t u r c a s r e c o g i ó i u e u n rico h e b r e o q u e m e v e n d i ó p o i u n o s cuantos cequíes á un poderoso mus u l m á n Un. día q u e m a r c h á b a m o s p o r el desierto, fué a s a l t a d a s u c a r a v a n a p o r los b e d u i n o s q u e m e r o b a r o n y t r a j e r o n á D a m a s c o p a r a h a c e r m e l a m á s fiel d e tus esclavas. ¿Cuál es t u n o m b r e? -Ereya. ¿Y c ó m o c o n o c e s el afán q u e m e atormenta? -P o r q u e fui d o t a d a d e u n a p e n e t r a ción m á s q u e h u m a n a Ik o