BLANCO Y NEGRO MADRID 03-01-1892 página 2

2 BLANCO Y NEGRO ocho siglos d e l u c h a s épicas y d e a l t e r n a t i v a s crueles. E l d í a 2 d e E n e r o d e 1492, el r e y A b d a l l a h (B o a b d i i el Chico) cumpliendo u n a d e las cláusulas d e su c a p i t u l a c i ó n hizo e n t r e g a al católico r e y D. F e r n a n d o de las llaves de G r a n a d a p r o n u n c i a n d o con Voz s e n t i d a estas memorables p a l a b r a s (Tuyos somos. Rey poderoso y ensalzado; estas son, señor, las llaves de ese paraíso; esta ciudad y reino t e entregamos, pues así lo quiere A l á y confiamos en q u e usarás d e t u triunfo con generosidad y con clemencia. T e r m i n a d a la c e r e m o n i a que inspiró á P r a d i l l a su magnífico c u a d r o preciada joya del moderno a r t e pictórico español, los Beyes Católicos volvieron á su c a m p a m e n t o de S a n t a F e p a r a disponer l a e n t r a d a y t o m a de posesión d e l a ciudad, q u e verificaron a l siguiente d í a 3 de Enero, U n curioso r o m a n c e a n t i g u o q u e se h a l l a en el Cancionero de Lorenzo d e Sepúlveda, se refiere á dicha e n t r a d a en estos graciosos t é r m i n o s (cEn la ciudad de G- ranada En lugar de Allali! ¡Allah! ¡Allí Grandes alaridos dan: ísri se veií por altas torres Unos. llaman á Malioma, Ya las lunas levantar; Otros á la Trinidad, Mas las armas de Castilla Por un cabo entran las cruces, Y Aragón ven campear. De otro sale el Alcorán; Entra uu rey ledo en G- ranada; Donde antes oian cuernos, El obro llorando va, Campanas oyen sonar. Mesando su barba blanca, El í d Deum íaudamus se oye G- randes alaridos da. í í o están d e acuerdo todos ios historiadores respecto al día que los Reyes e n t r a r o n en Gi anada. L a f u e n t e supone que fué el 6 d e E n e r o W z l l i a n i í í Preseott cree que e n t r a r o n el mismo día 2, pero C a p m a n y y otros, con b u e n a s Tazones, o p i n a n que fué el siguiente al de la r e n d i c i ó n 3 d e E n e r o y nosotros á su parecer nos a t e n e m o s l or singular coincidencia, el 3 DE E N E E O d e 1569, r e i n a n d o Pelipe I I el Marqués de Mondójar, D. Iñigo López d e M e n d o z a q u e era Gobernador d e G r a n a d a salió con u n ejército de 3.000 homhres p a r a e m p r e n d e r resuelta c a m p a ñ a contrarios moriscos g r a n a d i n o s que cometían á diario las miás espantosas tropelías. E l rey de a q u e l l a g e n t e el famoso Ahe i- IJumof fí. (q u e antes h a b í a sido V e i n t i c u a t r o d e G r a n a d a llamándose D. F e r n a n d o de Córdoba y Valor, y que al fin fué asesinado por sus propios sv bditos) y su s a n g u i n a r i o t e n i e n t e ó m i n i s t r o el t i n t o r e r o A b e n- F a r a x a l e n t a r o n y dirigieron a q u e l l a rebelión, de cuyos excesos, sacrilegios y crímenes, t r a e n largas relaciones los historiadores. E l Marqués de Mondéjar l o g r ó en u n p r i n c i p i o d o m i n a r á los moriscos, pero a l e n t a d o s m á s t a r d e por las disensiones q u e surgieron e n t r e los jefes d e l ejército c r i s t i a n o volvieron con nuevos bríos a l a s a n d a d a s h a s t a q u e el Eey confió el m a n d o de las t r o p a s á su h e r m a n o el célebre primer D. J u a n de Austria. E l divino H e r r e r a en l a conocida canción que dedicó al vencedor de los moriscos d e las A l p u j a r r a s describe así la situación; (cVese el pérfido bando De su cubierta estanza, En la fragosa, yerta, aeria cumbre, Y sigue de sus odios la venganza; Que sube amenazando Mas después que aparece La soberana lumbre, El joven de Austria en la enriscada sierra, Fiado en su animosa muciiedumbre; Frío miedo entorpece Y allí, de miedo ajeno, Al rebelde, y lo atierra Corro cual suelta cabra y se abalanza Con espanto y con muerte la impia guerra. Con el fogoso trueno Don J u a n de A u s t r i a insigne g e n e r a l que dos años después i n m o r t a h z ó su n o m b r e y a i l u s t r e con el triunfo gloriosísimo de LepantOf puso t é r m i n o feliz á a q u e l l a a u n q u e b r e v e s a n g r i e n t a y m e m o r a b l e c a m p a ñ a TELLO TÉLLEZ. A C T U A L I D A D ES, PORCILLA, L- o q u e m á s l e s p r e o c u p a al e m p e z a r et A ñ o tNuevo